As vésperas do julgamento pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AP) de recurso contra a candidatura de Genival Gemaque, prefeito eleito à prefeitura Pedra Branca do Amapari, o atual prefeito da cidade, Wilson Filho, foi surpreendido por um tumulto na frente da sede da prefeitura que, segundo o prefeito, foi promovido por partidários de Gemaque. A motivação do ato político teria sido o receio dele não tomar posse em razão do julgamento do processo que ocorrerá nesta quarta-feira, 24. Wilson Filho teria ficado retido na sede da prefeitura até que conseguir ligar para polícia, que lhe teria dado proteção e dispersado os manifestantes. "Foi um ato de desespero, por acharem que o Gemaque vai ser cassado e não vai tomar posse. Mas, o poder não pode ser tomado à força", disse, por telefone, o atual prefeito. O caso A coligação Compromisso, Trabalho e Lealdade, da qual Gemaque faz parte, é acusada de falsificação de documentos partidários obrigatórios ao registro da sua candidatura. A perícia O laudo emitido pelo perito judicial Odair Pereira Monteiro, que periciou a ata de posse da comissão provisória do Partido da República (PR) de Pedra Branca, aponta que houve falsificação do documento. O perito teria chegado a essa conclusão, após ter detectado diferenças na pigmentação e no espaçamento das linhas da primeira em relação à segunda folha da ata. Nesta última, consta a assinatura do presidente da comissão provisória do PR da época, Heiron Tenório de Araújo. A confirmação Questionado sobre a autenticidade do documento, Heiron declarou que reconhece apenas a segunda página da ata e que a primeira teria sido trocada para ampliar a validade da comissão provisória de 1 para 2 anos, e assim legitimar a o registro da candidatura de Gemaque. Segundo Heiron, no momento do registro do candidato do PR, o partido não tinha comissão provisória municipal legalizada junto ao TRE. As provas Para o advogado da coligação Junto com o Povo, Rodival Isacksson, as provas são suficientes e robustas para que o TRE/AP reveja o processo eleitoral de Pedra Banca. "As provas são irrefutáveis. Tenho a certeza que o TRE vai considerar isso e buscar outra solução para a escolha do prefeito de Pedra Branca". Entenda o fato A eleição suplementar em Pedra Branca foi necessária em decorrência do percentual de votos nulos ter ultrapassado 50% do total. Tal fato ocorreu por conta do indeferimento do Registro de Candidatura de Socorro Pelaes à prefeitura, que obteve 53,24% dos votos, porém anulados. A candidata à prefeitura de Pedra Branca do Amapari (5ª zona eleitoral), Socorro Pelaes (PTN), teve o registro impugnado, por que ela foi condenada pelo Tribunal de Contas da União por não prestar contas de recursos federais repassados à prefeitura do município quando prefeita em 1995 |
quarta-feira, 24 de abril de 2013
ELEIÇÕES EM PEDRA BRANCA(AP) - MANIFESTAÇÃO DE POPULARES
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