sexta-feira, 16 de maio de 2008

O LOUCO TRÂNSITO DE MACAPÁ

A frota de veículos circulando na cidade já passa dos 75 mil, sem uma estrutura viária adequada para suportar esta demanda.

Clay Sam
Acadêmico de Jornalismo


Bicicletas, carrinhos de ambulantes, motos, motos com reboque, carroças, algumas engenhocas, pedestres e carros, carros, carros e mais carros....
Os números são impressionantes: a frota geral de veículos circulando na cidade de Macapá chega a 75.392. São aproximadamente 689 veículos que são cadastrados mensalmente no sistema Detran. A informação vem da Divisão de operações do órgão.
Em determinadas residências existem até 04 automóveis. Este número só chega a ser comparado a capital Federal, onde o número fica em torno de 5 por morador. E aí vem as inquietações:
O sistema viário da cidade é compatível para o tráfego destes automóveis? Uma vez que as ruas não estão em boas condições de uso. E o expressivo número de acidentes de transito em Macapá, pode está ligado ao aumento da frota de veículos automotivos?
E o que pensam os profissionais do volante?
O taxista José Emano, que há 25 anos trabalha na praça, como ele mesmo diz, afirma que anos atrás, trafegar pelas largas ruas de Macapá, era bem diferente. Hoje, segundo ele, a impressão que se tem, é que as ruas encolheram.
A principal via de ligação do centro com a zona norte, vive diariamente engarrafamentos. Pois com o alargamento da rodovia Tancredo Neves e o fechamento da via opcional paralela a Ponte Sérgio Arruda, resultou num efeito funil. Só pra se ter uma idéia, em horário de picos: as sete da manhã, meio dia e dezoito horas, por aqui chegam a passar em média 40 carros por minuto. O detalhe é que a parte mais larga da rodovia mede cerca de 40 metros, enquanto que a ponte tem apenas 12 metros de largura
Neste ano a Prefeitura de Macapá, esteve reunida para debater sobre o plano diretor da cidade. Durante vários dias, entidades civis, militares, classe estudantil, conselhos comunitários, dentre outros, discutiram novas perspectivas para melhorar nossa capital.
Atualmente, vários locais, encontram-se como verdadeiros canteiros de obras, desvios improvisados, vias secundárias sem sinalização. Seria este o primeiro passo para a melhoria da malha viária na capital?
Enquanto não se tem a solução imediata do problema, a população vai dando seu jeitinho brasileiro de conviver com esta situação.
As vezes de maneira perigosa, outras vezes ironizando o trágico, depositando votos e pensamentos positivos nos projetos dos cidadãos que dirigem nossos destinos e como dizia o poeta: Tocando em frente.

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