Ainda era adolescente quando na “minha aldeia”, a minha gente tinha um sonho de ser livre e ter um Estado em que reinasse a soberania do nosso povo e ficássemos livres das amarras financeiras do resto do País. O nome desse sonho era Estado do Tapajós. Hoje, muitos anos depois, vejo que o sonho está se tornando realidade.
Há qualquer momento o Senado pode votar a institucionalização do Estado do Tapajós.
Com a aprovação, 16 municipios do Oeste do Pará vão sair do estado de isolamento geográfico e financeiro. O Estado será auto suficiente, terá uma produção agrícola invejável aos grandes do Sul do País. Sua produção hortifrutigranjeira abastece atualmente além das cidades do Oeste do Pará, também os Estados do Amapá, Amazonas e parte de Belém. O Tapajós tem jazidas de minério como caulim, bauxita e ouro com autonomia para mais de 100 anos, possui infra estrutura aeroportuária, portos com tecnologia de ponta, está ligada ao resto do mundo por rodovias.
Na cultura, não há como esconder a magia dos grandes festivais como o Sairé, Fearca, Acari, festivais juninos e folclóricos mexem com a massa humana que prestigia. Ainda se tratando de expressão, Sebastião Tapajós é um dos maiores ícones da Música Instrumental Mundial.
O Estado também tem um dos litorais mais belos do mundo. A área do Alter do Chão é considerado o “Caribe brasileiro”. Impossível alguém ir até lá e não se apaixonar.
A capital do Tapajós e considerada uma cidade mídia. São mais de 20 emissoras de Tv e Rádios Am e Fm, que diariamente proporcionam uma comunicação precisa e com qualidade superior á qualquer lugar da Amazônia. Inclusive Manaus e Macapá tem absorvido muitos desses profissionais.
O resto eu sou suspeito em falar.
Se tudo der certo, acho que é hora de voltar pra casa.
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