sexta-feira, 13 de junho de 2008

A cidade que eu não quero assim




Clay Sam

De repente me pergunto: O que aconteceu com Macapá? De alguns tempos pra cá parece que estamos sendo bombardeado por uma chuva de problemas que passavam muito além de nossos pensamentos.

Primeiro foi o trânsito que enlouqueceu, os acidentes tomaram das páginas de noticiários, as ruas foram tomadas por buracos, beira-rio interditada, faltou merenda nas escolas da rede pública, greve de ônibus, greve de enfermeiros, greve da educação, obras inacabadas que tumultuam o trânsito, enchente no centro, despejo de famílias no alvorada...

Esta não é a cidade que escolhi para morar, criar meus filhos e transformar meus sonhos em realidade. Esta Macapá está muito a quem daquela que outrora costumava passear pela orla, tomar um chopp a beira do Amazonas, comia um camarão na fazendinha ou mesmo ficava admirando o por do sol, que sumia por trás do Marco Zero do Equador.

Aliás o monumento parece ser um intruso em meio a grande invasão que se instalou ali na linha imaginária. O meu receio é que invadam também a área da Fortaleza, a Lagoa dos Índios, a Igreja de São José, ou ainda os cemitérios que estão no centro da cidade.

Os problemas estão aí, são fatos, não espetacularização da Imprensa ou conversa fiada. Diariamente reclamações chegam aos programas de rádios e Tvs locais.
O que antes era entre linhas, agora é público. E por falar em público, os promotores da cidadania não tomam nenhuma providência, não reagem ao caos que se implantou na cidade. Ficam trancados em seus gabinetes no ar condicionado e não tomam nenhuma atitude. Alguns setores da sociedade civil organizada também parecem ser coniventes com a situação, pois acabam provocando mais turbulência.

Como não bastasse a falta de ônibus circulando, o sindicato da classe ainda realiza paralisação, deixando milhares de cidadãos a pés. Outro exemplo é na saúde, o sindicato de enfermagem paralisa o pronto Socorro Infantil e põe culpa no Governo.

Enquanto não são apresentadas alternativas o povo clama por melhorias e chegamos a uma conclusão de que em Macapá definitivamente não estão sendo respeitados os direitos do cidadão.

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