terça-feira, 26 de janeiro de 2010

EXTRA ! EXTRA!! EXTRA !!

Estudantes e Classe artística que estão acampados em frente à Assembléia Legislativa, ainda não foram recebidos pelos Deputados ou Presidencia da Casa.
Segundo informações, o Presidente da A.L., deputado Jorge Amanajás deverá receber três representantes do movimento, ainda hoje.
Até o momento, quem está gostando é a população que passa pela avenida Fab, pois tem a oportunidade de assistir, "de graça", musica ao vivo, apresentações teatrais, rodas de capoeira e outras apresentações artisticas.

Agora à pouco, a liderança do movimento enviou uma nota à vários sites e blogs locais.
Acompanhe na íntegra:



Nota do movimento estudantil sobre manifestação na A L do Amapá
O CAMPO CONTRAPONTO historicamente tem batalhado pela educação pública e de qualidade, sempre estando na luta pelo transporte público digno para o estudante e o trabalhador, dentre outras batalhas.

Em defesa de um movimento estudantil que tome por base esses princípios, não poderíamos deixar de nos posicionar diante do ato “Declare guerra a quem finge te amar”, organizado por representantes da UNE-AP, que se coloca a favor do veto da Lei Orçamentária Anual, a qual prevê redução de verbas nos setores da educação, segurança, cultura, dentre outros, e o aumento do orçamento destinado à Assembleia Legislativa.

A respeito da pauta, legítima, a princípio, este ato caracteriza-se por ser uma construção oportunista e de cúpula, que ocorre totalmente desprendida das bases do movimento estudantil real que é vivo e atuante nas escolas e universidades do Amapá. O movimento estudantil combativo de nosso estado historicamente tem construído atividades democráticas, legítimas e com mobilização dos diversos segmentos da sociedade. Mas o referido ato não possui tais características. Basta notar a ausência da base estudantil da UEAP, em nome da qual se fala com frequência, mas que não foi minimamente mobilizada ou convidada ao bom debate para a construção do ato. Aliás, nem mesmo boa parte da direção da entidade (DCE-UEAP) foi chamada ao debate e à sua construção.

Esse tipo de prática tem sido marcante nas raras intervenções da direção majoritária da UNE (União Nacional dos Estudantes), hegemonizada pela UJS/PC do B há muitos anos. Trata-se de uma entidade marcada também pela inércia e pelo aparelhamento a governos e partidos políticos por parte da maioria de sua diretoria.

Quanto aos representantes da direção majoritária da UNE no Amapá, pode-se dizer que têm sidos parceiros e defensores de primeira hora do governo Waldez. No ano passado, assinou um acordo com o governo para financiar a venda de carteirinhas com as quais viabilizam uma política de finanças burocratizada e nem um pouco transparente. Onde estão essas carteirinhas?

Diante desses fatos, não causa estranhamento essa entidade surgir em tal ato em frente à Assembleia Legislativa, assim como surgiram em 2008, ano de eleições, chamando a construção de um ato contra o aumento da tarifa de ônibus; isto depois de, em 2007, terem tomado um chá de sumiço enquanto explodiam mobilizações com a mesma pauta, que aglutinavam centenas de estudantes na Avenida FAB, estudantes que eram recebidos com truculência da guarda municipal do então prefeito João Henrique.

Onde estava a majoritária da UNE em 2007? Onde estavam em 2009 quando o Secretário Estadual de Educação, Adauto Bittencourt, passou um tempo foragido depois de gravíssimas denúncias de corrupção? Note-se que as datas de aparição desses representantes da UNE são sempre em anos eleitorais, seja pela conveniência de construir palanque para o candidato da vez, ou simplesmente para defender o orçamento da Secretaria de Cultura, dirigida pelo PC do B, e o quinhão do governo em disputa pelo orçamento com a Assembleia Legislativa, agora em 2010.

Entendemos, em síntese, que o ato “Declare guerra a quem finge te amar” é uma iniciativa que por sua construção fere a autonomia e democracia do movimento estudantil, pressupostos fundamentais cuja negação é fruto do desrespeito e do descompromisso com a autoafirmação do estudante enquanto agente da história, que somente através do diálogo democrático, na luta cotidiana e organizada e na liberdade de amarras oportunistas poderá contribuir com a construção de uma sociedade mais justa, igual e livre.


POR UM MOVIMENTO ESTUDANTIL AUTÔNOMO, DEMOCRÁTICO E DE LUTA E POR UMA NOVA CULTURA POLÍTICA!

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