quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A queda de um comandante.


Nesta semana o Amapá mais uma vez esteve na mídia nacional com noticia de caráter negativo. Tudo por conta de processo que tramitava na 4ª. Vara Civil da Justiça do Estado e que culminou com a condenação do Sr. Tofolli a devolver mais de 400 mil reais aos cofres públicos, sob a alegação de ter fraudado licitações ainda no ano de 2002. A noticia cai como uma bomba para a atual oposição do Governo Waldez, num momento em que forças se unem em prol de uma candidatura forte a ponto de derrubar ou frear a atuação do Governo atual. Toffoli, o sentenciado no processo, é advogado geral da União e em 2002 foi contratado a peso de ouro pelo então Governador do Estado João Capiberibe, para tratar de assuntos relacionados ao Amapá, em Brasília. Pode até parecer cômico senão fosse trágico para Capi, é que há alguns dias atrás, o ex-Senador cassado por compra de votos, divulgou aos quatro cantos a “lei de transparência”, que exatamente propõe ou exige, que o Executivo coloque na internet as contas de todos os gastos públicos. Ora, se o “arauto da sabedoria e da transparência” é tão transparente assim, porque não divulgou naquela época estes gastos desnecessários que afloram somente agora.
Este pode ser mais um capitulo na decadente história política de um extremo militante de esquerda do regime militar, que tal quanto Genuíno e José Dirceu parecem estar na mesma barca, afundando e sem ter ninguém para socorrer. A história de Capi poderia ser bonita de ser contada, se não fosse suas intrigantes relações com determinadas pessoas que, de certa forma, nada tinham haver com as propostas que eram defendidas pelo seu programa de Governo, o PDSA. Foram inúmeros escândalos durante os sete anos e três meses, isso sem contar com as brigas internas com secretariados, com a Assembléia Legislativa, Judiciário, Prefeitura, Câmara de Vereadores e famosa “mão de ferro” que mantinha sobre aqueles que se opunham ao seu modelo de governo. A decadência veio exatamente nas eleições de 2002, quando a sua própria vice, Dalva Figueiredo, não aceitou apoiar um de seus “pupilos” na época, Cláudio Pinho, e lançou candidatura própria, posteriormente apoiando Waldez Góes no segundo turno e inaugurando uma serie de fracassos e derrotas para Capi e seu pequeno grupo. Com a cassação, o comandante ainda tentou um vôo ao Palácio do Setentrião em 2004, mas novamente foi derrotado em primeiro turno. A ultima cartada foi nas eleições municipais do ano passado, quando seu filho Camilo Capi, também foi derrotado pelo deputado Roberto Góes nas eleições para Prefeito da Capital Macapá. E agora, o que parecia o fim das negatividades da “era Capi”, ressurge novos escândalos envolvendo o nome do ex governante. Seria então a cartada final naquele jogo que podia ter tantos outros resultados?? Ou tudo não passa do processo natural da vida?? Diz o dito popular que: A mentira tem pernas curtas, ou ainda, Não jogue pedra no telhado do vizinho, tendo em vista que o seu é de vidro.

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