terça-feira, 22 de setembro de 2009

Turismo no Amapá !!!

Este questionamento tem sido um dos mais freqüentes na cabeça dos formandos e formados nos cursos de turismo no Estado do Amapá. As políticas públicas direcionadas ao turismo não contemplam ou fomentam a economia para que seja suprida a carência de empregos no setor. Anualmente dezenas de “sonhadores” são formados pelas academias na Capital e, quando chegam para atuar no mercado de trabalho descobrem que tudo não passou de uma fantasia, realmente de um sonho de galgar um bom lugar num mercado que parecia muito promissor. A justificativa para toda esta celeuma pode está na fraquíssima estrutura de transportes aéreos, rodoviários e fluvial, dentre outros fatores, como a rede de hotelaria com poucas inovações, a tecnologia de comunicação precária, leia-se: internet, telefonia móvel e fixa e a por ultimo a própria estrutura física da Capital. Na verdade o tema turismo só é divulgado, basicamente, três épocas do ano: no Carnaval, Expofeira e Equinócio. No decorrer do ano parece que não acontece mais nada em Macapá ou no Estado. A exuberância das nossas florestas, as belezas naturais, rios, trilhas ecológicas e fauna e flora parecem não contar pontos para serem expostos como riqueza e diversidade turística auto sustentável. Órgãos ligados a este tema parecem que ainda não saíram do papel, parecem meros projetos, utopia, e, não dão sequer publicidade as ações desenvolvidas pelo Governo Estadual. A Fortaleza de São José, um dos pontos mais imponentes de Macapá, mesmo depois de ser eleita pela Revista Caras, como a mais bonita maravilha do Brasil, ainda não desencantou para os órgãos ligados a divulgação das belezas do Estado. Municípios como Laranjal do Jarí, Calçoene, Amapá, Serra do Navio, Porto Grande e Ferreira Gomes, são grandes potenciais no que tange ao Turismo de Ecológico assim como a Fortaleza poderia impulsionar o Turismo de Cidades. Em que pese o esforço do Prefeito Roberto Góes para melhorar a infra da cidade, ainda é de suma importância a conclusão do Aeroporto Internacional de Macapá, da BR 156 até Oiapoque, a Ponte sobre o Rio Jarí e a área portuária de Santana, que há quase uma década, está parada e sofre danos causados pelo tempo. O Turismo foi e é, para muitos Estados, o melhor segmento para se desenvolver uma região, isto claro, tratado com seriedade, competência, responsabilidade e pessoal qualificado, algo que não ocorre em nosso Estado. Aqui, um grupo de “Q.I.” administram este importante segmento para a sociedade, sem direcionamento, projetos e sem entender o verdadeiro papel do Turismo no desenvolvimento. Seria uma boa que esta turma tomasse umas “aulinhas” com nossos amazônidas de Parintins, que transformaram uma brincadeira de amigos no maior Festival Folclórico da Amazônia, do povo de Santarém, que de uma novena à Nossa Senhora da Conceição criaram o Çairé de Alter do Chão, ou ainda, da Ciranda de Manacapuru, um município no interior do Amazonas, menor que a área portuária de Santana. Sigamos estes exemplos. Perguntem, estudem, viagem, mas não para São Paulo, Rio, Miami... por que por lá o que se vê é o anti exemplo, aquilo que não devemos fazer. Aqui temos as melhores ferramentas e a melhor matéria prima. O que falta é saber usar e ter um bom aproveitamento.

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