segunda-feira, 13 de setembro de 2010

TÁ NO ESTADÃO - HOJE

Presos, ex-governador do Amapá e esposa pedem liberdade ao STF

Waldez Góes e Marília Xavier são investigados por participação em suposto esquema de corrupção

13 de setembro de 2010 | 10h 58
Felipe Recondo, de O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - O ex-governador do Amapá Waldez Góes (PDT) e sua mulher, Marília Xavier, pediram ao Supremo Tribunal Federal (STF) liminar para serem soltos. O habeas corpus foi protocolado nesta segunda-feira, 13, pela manhã no STF e ainda não tem relator definido. Presos na última sexta-feira, 10, pela Polícia Federal na Operação Mãos Limpas, Góes e Marília são investigados pela PF por participação no suposto esquema de desvio de recursos públicos e fraudes em licitação no Amapá.
Veja também:
Amapá teve superfaturamento de até 2.763%
Advogados tentam evitar prorrogação das prisões
Prisões não tiram campanha da rua
Góes está preso na Papuda e Marília está no presídio feminino em Brasília. O atual governador do estado, Pedro Paulo Dias (PP), ainda não pediu sua liberdade. Os prazos de todas as prisões, autorizadas pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) João Otávio de Noronha, vencem amanhã. No entanto, advogados que acompanham as investigações consideram possível a prorrogação da prisão por mais cinco dias. Nesse caso, todos pediriam a liberdade de seus clientes ao STF.
Se for solto, Góes pretende voltar ao estado para continuar sua campanha ao Senado. Líder nas pesquisas, o ex-governador teve sua campanha atingida pela prisão. Pedro Paulo Dias, terceiro nas pesquisas eleitorais, empatado tecnicamente como segundo colocado, disputa a reeleição. De acordo com assessores do governador no estado, a prisão enterrará sua campanha.
A investigação que culminou na Operação Mãos Limpas, da Polícia Federal, identificou indícios de um esquema de desvio de recursos públicos e fraudes em licitações no governo do Amapá. De acordo com as investigações, que começaram em agosto do ano passado, Waldez Góes e Pedro Paulo Dias seriam os mentores do esquema. Eles e outras 16 pessoas, incluindo o presidente do Tribunal de Contas do Estado, José Júlio de Miranda, foram presos na sexta-feira e levados para a carceragem da Polícia Federal em Brasília. O Ministério Público investiga as práticas de peculato, corrupção e fraudes em licitação. Na operação, deflagrada na última sexta-feira, a PF apreendeu cinco carros de luxo e aproximadamente R$ 1 milhão.

Nenhum comentário: