terça-feira, 23 de novembro de 2010

DIA DO MÚSICO – Vamos Comemorar!


E não é que ontem foi Dia do Músico?
Mais um Dia do Músico.
Mais uma vez segue a velha melodia acompanhada de discurso de Congratulações e refrão apimentado(depois de umas dúzias de gelada), de reclamações e frustrações, falta de oportunidades, melhores condições de trabalho e espaço para o desempenho dos profissionais da área.

As formas e locais de “comemoração” mudaram. Algumas “raposas” da política também não fazem mais parte da comemoração. O discurso do profissional, este sim, não mudou. A mudança percebida e, por sua vez, factual, é que a cada ano parece que o Músico no Estado do Amapá está mais desprestigiado por parte do poder público.

Foi criado Lei de incentivo a cultura – que nunca funcionou, foi eleito vereador, “defensor e representante da música” – mas não fiz nada até agora, foi eleito e reeleito deputado federal, também se dizendo ser o “defensor dos pobres e oprimidos” músicos – mas a única coisa que ele fez, foi receber algumas “merrecas” pra manter um contrato de fornecimento de marmitas pro Iapen, conforme está nos autos do inquérito da Operação Mãos Limpas.

A Expo feira, Carnaval, Reveillon, Verão, Festas Juninas... é uma reunião de “músicos fictícios”, que sempre, digo: SEMPRE, tem ligação ao gripo político que está na coordenação da Secretaria de Cultura há mais de 10 anos. Aliás, por lá, é a velha história do Coronelismo que ainda impera no Amapá. Ou seja: Você está do meu lado ou então está F... E é assim que pode-se descrever a realidade do músico amapaense que, realmente, é musico. Não aqueles fantoches, cabeças de ventos, que são comandados por grupo político de lado A ou B.

É bom que se diga, que esses poucos e “seletos” beneficiados, não tem a menor noção da realidade do músico amapaense. Andam em seus carrões de luxo, descansam em seus casarões, gastam em viagens e festinhas particulares. Tudo pago pelos cofres públicos, ou seja, desviados de convênios públicos firmados entre as associações “de fachadas”, que servem para lavar o dinheiro que poderia fomentar a cultura e gerar renda para os profissionais da música amapaense.

O músico não está pedindo favor. Não está pedindo esmola ou ajuda. Está sim, reivindicando o seu direito e aquilo que lhe é de direito. O músico sabe sobreviver e não precisa de favor de quem quer que seja. Mas quando se tem direito a promoção de seu trabalho, a fomentação financeira por parte de verbas federais, estaduais ou municipais, que lhe são dirigidas, aí sim, o músico faz questão de ser beneficiado.

Como brasileiro não desiste nunca. Vamos aguardar cenas dos próximos capítulos dessa novela “interculturapoliticalógica”. Deu pra entender?  Que o governo socialista que o povo escolheu, tenha a sabedoria e a sensibilidade para valorizar a nós, músicos, que muitas vezes, deixamos de suprir a necessidade pessoal para fazer investimentos em instrumentos, equipamentos, estudo... tudo para que possamos dar o melhor de nós para uma sociedade que é merecedora de receber o resultado de nosso trabalho. E muitas e muitas vezes, sequer tem a noção do que estamos passando.

Repartimos essa culpa, por muitas vezes, embora informados pelas regras do jogo, acabamos nos deixando levar pelas falsas promessas daqueles que juram defender nossa classe, mas, o resultado é repetidamente negativo.

22 de Novembro, poderia sim, ser um dia de comemoração. Mas comemorar o que?
- O pagamento do cachê do Macapá Verão, que até hoje não foi quitado?
- A participação vetada na Expo feira ?
- A gravação do CD que não foi patrocinada por nenhum órgão de Cultura do município ou do Estado?
- A falta de representatividade na Câmara, Assembléia, na “Secult”, que por sinal, mais parece uma extensão da família que manda por lá há mais de dez anos?
- Ou ainda o bom cachê que é pago nos bares, casas de shows e boates da cidade?
Como dizia Renato Russo:
“Vamos comemorar... com o meu País e sua corja de... Corruptos... ladrões...”

Neste caso: Vamos comemorar a estupidez de quem ainda achar que estou errado.
Abaixo a Hipocrisia e Parabéns para mim.

Viva o Músico!

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