sexta-feira, 16 de julho de 2010

EMTU atende pedido do MP e retoma controle de Sistema de Bilhetagem Eletrônica

Recomendação expedida pela Promotoria da Cidadania estipula prazo de cinco dias para a regularização do Sistema, na responsabilidade do município. Prefeitura vai arcar com os ônus da transferência.

Dione Amaral
A ineficácia e a falta de controle do Sistema de Bilhetagem Eletrônica vêm causando transtorno aos usuários de transporte coletivo em Macapá. Baseado em denúncias no Ministério Público, o promotor de justiça da Cidadania, Marcelo José Moraes, recomendou à EMTU que retome a coordenação do Sistema de Bilhetagem, que estava até então sob a responsabilidade da Setap.
A operação do Sistema de Bilhetagem estava com o Setap desde 2002. No entanto, a Emenda à Lei Orgânica do Município de Macapá 029/2010, de 28 de maio de 2010, repassa à EMTU a gerência de todos os sistemas de trânsito e transporte urbano da capital. “O Ministério Público quer que a EMTU adote medidas imediatas para garantir a moralização e transparência do Sistema de bilhetagem eletrônica, não devendo com isso a sociedade ser lesada com a má prestação do serviço”, justificou o promotor Marcelo José Moraes. A Empresa Municipal de Transporte Urbano tem até cinco dias para cumprir a recomendação. Segundo o diretor presidente da EMTU, Haroldo Tavares Matos, a Prefeitura vai arcar com o ônus da transferência do Sistema para estar preparada para receber os usuários até segunda-feira, 20. “A EMTU já tem estruturado um prédio na rua São José, ao lado da Delegacia das Mulheres, para receber o Sistema de Bilhetagem. Além disso, haverá atendimento também na Sub-prefeitura de Macapá, localizada na Zona Norte”, explicou Haroldo Matos.

Descaso
Carla Roselly Naiva Dantas de 29 anos foi uma das prejudicadas com o novo Sistema de Bilhetagem. Segundo a estudante universitária, procurou o Setap na segunda-feira, 12, para fazer o recadastramento, mas não conseguiu. Voltou ao local às 5h da manhã do dia seguinte quando conseguiu o passe. No entanto, o tempo despendido foi em vão. “O passe não funcionou dentro do ônibus e estou tendo que pagar o valor integral da passagem”, denunciou a estudante ao Ministério Público.
Com a retomada do controle do Sistema, a EMTU continuará o recadastramento dos estudantes pendentes.

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