quinta-feira, 4 de março de 2010

Moradores do Bailique denunciam caos na educação


Para quem mora no arquipélago do Bailique, que fica a 185 km da capital amapaense. o cenário de descaso na educação, vai desde o desabamento de escolas à falta de merenda escolar.
Na comunidade do Igarapé Grande do Curuá, as aulas de 1ª a 4ª série do ensino fundamental, ainda não começaram em virtude da escola está sem merenda. Os moradores disseram que não tem modular de 5ª a 8ª série, e que cerca de 60 alunos da comunidade estudam na Escola Estadual Maria José Campelo, na localidade do Limão do Curuá, que fica 1h de barco.

Durante visita à escola da comunidade do Limão do Curuá, lideranças do PSB constataram que a escola ameaça desabar. Cansados de esperar e apelar para a Secretaria de Estado da Educação (SEED) para que seja construído um novo prédio, os próprios moradores se mobilizaram e estão construindo um anexo, para que as aulas não paralisem.
“Fizemos inúmeros pedidos, mas eles só prometem e nunca cumprem”, desabafou o morador Raimundo da Silva, que trabalhava no anexo no momento da visita.
O que parecia difícil para os estudantes das duas comunidades, está pior para quem estuda na localidade da Ponta do Curuá. Lá, a escola desabou em 2007, por causa do assoreamento do rio e para que as crianças pudessem freqüentar a sala de aula, os moradores aproveitaram o material e construíram uma escola improvisada com apenas 2 salas de aula em péssimas condições.
O líder comunitário, Claudionor Farias, disse que em recente visita do senador Gilvan Borges (PMDB/AP), os moradores pediram para ele intervir junto ao governo do Estado, para que pudesse construir a passarela de 200 metros para as crianças atravessar do outro lado da comunidade.
Na mesma comunidade, não tinha merenda escolar e nem professor.
Na comunidade da Freguesia, o pré-escolar tem atualmente 29 crianças estudando, mas não tem merenda e nem quem faça. No Igarapé do Meio, assim como nas demais comunidades todos os contratos e repasses do Caixa Escolar estão atrasados desde março do ano passado.
Na Vila Progresso, a Escola Bosque e o Hotel Escola tidas como referência de educação na Amazônia, neste início de ano letivo, apenas cinco professores iniciaram as aulas.
O sucateamento da educação é visível em todo o Arquepelágo.
Por: Eduardo Neves

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